Cinema e Cia - Batman - TDKR

Um final fantástico, para uma trilogia excepcional!

Chegamos ao fim da era Nolan. Hoje fomos conferir o último filme da trilogia do Cavaleiros das Trevas. Cristopher Nolan definitivamente entrou para história do cinema finalizando de maneira primorosa esta grande trilogia. Em Batman O Cavaleiro das Trevas ressurge, chegamos ao clímax da trajetória do Homem Morcego em Gotham.É o momento de maior tensão já vivido em toda trama. Eu não digo que ele é melhor ou pior que seus antecessores, eu vejo tudo como uma só trajetória e como um final, um encerramento de um ciclo, não podia ser de outra forma que não esta. O ciclo é fechado de maneira explendorosa.

Aqui temos um cenário de uma Gotham que vive um eventual momento de paz a sombra da farsa da história de Harvey Dent, a polícia fez uma limpeza na cidade, e a não ser o comissário Gordon, todos parecem ter se acomodado, Batman assumiu toda a culpa e desapareceu, seu alter ego, Bruce Wayne resolveu fazer um retiro voluntário e nunca mais foi visto.

Bruce é mostrado como uma figura cansada, abatido, com uma perna lesionada e tendo que andar a base de uma bengala. Em contrapartida logo quando nos é apresentado, Bane mostra todo seu vigor físico, um mercenário frio , com uma força descomunal e um treinamento mortal, chegamos a nos assustar quando vemos a diferença entre os dois e ali logo vemos o quão difícil será a missão do homem morcego.

Bruce só é “despertado” com a intrigante aparição da “gatuna” Selina Kyle, que se sai maravilhosamente bem no papel de mulher gato, uma figura que apesar dos seus reflexos apurados, não tem os trejeitos do animal ( como os retratações anteriores da personagem), uma figura mais real, que combina com aquele universo. Pena que não tem uma participação maior na trama.

Apesar de não ser um vilão tão marcante quanto o Coringa, confesso que Bane (Tom Hardy) teve mais peso como uma ameaça. Ele me amedrontou todas ás vezes em que apareceu, é uma figura muito imponente e parece não poder ser vencido, sentimento que só aumenta com a impostação da sua voz e a brilhante trilha sonora de Hanz Zimmer, que torna tudo ainda muito mais sufocante. O fato de parecer que Bane tem um megafone na boca  incomodou alguns mas para mim só fez acrescentar o tom de ameaça dado pelo personagem. Aliás,  palmas para Guilherme Briggs, que apesar do trabalho ser  dificílimo conseguiu dar ao personagem o tom que ele merece, a dublagem em si está muita boa e satisfatória.

É impressionante você ver a decadência do herói, não só como símbolo, mas como homem, sem todos os seus reflexos ou forma física, parece que Bruce jamais será aquele Batman novamente, ali mostra toda a fragilidade deste herói de carne e osso, que não tem nenhum super poder, apenas uma forte determinação, pena que o corpo não acompanha para sempre o ritmo da mente.

E é isso que Alfred tenta trazer a tona a todo instante, lembrar Bruce Wayne da sua humanidade, lembrar que assim como todos, seu corpo também sofre as consequências do tempo. E neste filme, finalmente Michael Caine mostra todo seu potencial, visivelmente abatido e receoso pelo modo de vida do seu protegido patrão, Caine nos emociona a cada cena em que aparece.

Se você é fã dos quadrinhos, vai ver muitas referências e vai gostar bastante do filme, que deixa um final que não liquida totalmente a possibilidade de uma continuação .O final é sensacional e cheio de possibilidades, e nem todos os diálogos e cenas clichês conseguem tirar o brilho do longa, eu não podia esperar um final mais digno para franquia!

E você o que achou? Foi digno mesmo de ser aplaudido de pé pela crítica? Deixe sua opinião.