A Folha entrevista Silvio Santos

Todos devem ter visto as últimas notícias sobre o banco Panamericano e sobre o empréstimo que Silvio Santos fez com o FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Pois bem, no dia 11/10 ele deu uma entrevista ao jornal Folha. Uma entrevista muito bem-humorada onde ele ligou o "me processe" e esquivou-se bastante.
Confira trechos da entrevista do jornal Folha com essa lenda da TV brasileira.
Folha - Eu gostaria que o sr. desse uma palavra para o público sobre tudo o que está acontecendo no banco.

Silvio Santos - Não posso porque eu assinei um termo de confidencialidade. Eu assinei um termo de conf... confidencialidade... é até difícil de falar! Não posso comentar nada. Só quem pode falar é o Fundo Garantidor de Crédito.

O sr. se encontrou com o Lula. Falou com ele sobre isso?
Que Lula?

O presidente.
Estive com ele falando sobre o Teleton [programa que arrecada recursos para a AACD]. Ele está me devendo R$ 13 mil [risos]. Tive que dar por minha conta porque ele prometeu e não deu os R$ 13 mil [que disse que doaria].
Eu falei para ele: "Se você der R$ 13 mil, a Dilma pode ganhar a eleição". Porque é o número dela, não é? Não é 13 o número da Dilma? "Pode ser que Deus te ajude e ela ganhe a eleição."

E ela ganhou do mesmo jeito.
Mas aí é que tá: agora tô preocupado [risos]. Ele fez a promessa e não cumpriu.

E o senhor votou nela?
Eu estou com 80 anos. Você acha que eu vou sair de casa para votar? Vou votar é em mim mesmo aqui em casa.

E essa informação de que o empresário Eike Batista quer comprar o SBT?
No duro?

É.
Ah, me arranja! Arranja para mim que eu te dou uma comissão.

O senhor venderia?
Se ele me pagar bem, por que não? Quem é? "Elque"?

Eike, um dos homens mais ricos do Brasil.
Ele é americano? Eike?
 
Brasileiro.
Não, não conheço. Mas, se ele pagar os R$ 2,5 bilhões que estou devendo, vendo, é claro que vendo. Não precisa nem pagar para mim, paga para o Fundo Garantidor de Crédito. Eu não posso vender nada sem passar pelo Fundo Garantidor de Crédito.
 O senhor está bem? Triste? Chateado?
Eu estou sempre bem. Você já me viu mal?


Mas o senhor coloca o seu nome e a sua história como garantia de tudo...
É claro. A holding [do grupo Silvio Santos] só recebeu R$ 2,5 bilhões porque eu dei todos os meus bens em garantia. [A operação se realizou] Como se fosse num banco particular. Mas com banco particular seria mais difícil porque os bancos particulares não querem concorrência [do banco PanAmericano].

O Bradesco não emprestaria para o seu banco, né?
É claro [que não]! Acha que o Bradesco... eu não digo o Bradesco. Mas um banco particular não vai querer me emprestar R$ 2,5 bilhões por dez anos. Vai? Até vou tentar conseguir, quem sabe?

E o ex-superintendente do PanAmericano, Rafael Palladino?
Palladino? Que Palladino? Nunca fui ao banco. Nem sei onde é o prédio. Quando tenho dinheiro, abro uma empresa no Brasil. Aplico no mercado brasileiro. Mas não sou obrigado a ficar sabendo onde é a empresa. Eu tinha uma fazenda que era a segunda maior do Brasil, a Tamakavi, e nunca fui lá. Nem vi no mapa.
A única coisa com que me preocupo é com a televisão. Eu sou investidor. Se [o negócio] der certo, deu. Se não der certo, não deu. A TV é o meu negócio. Mesmo que não desse certo, é o meu hobby.
Agora, os outros são negócios. Eu não sou obrigado a entender de perfumaria, de banco. Eu não! Isso aí eu boto dinheiro, pago bem os profissionais e eles têm que me dar resultados. E, às vezes, falham. Desta vez, falhou.

E a auditoria não pegou...
Mas quem é que arranja a auditoria? Não é o próprio executivo do banco? Que culpa tenho eu? Você vai publicar isso na Folha? A Folha fez uma matéria muito boa hoje. Ninguém sabia o que era Fundo Garantidor de Crédito. Pensavam que era um órgão do governo. Aquilo ali é praticamente uma companhia de seguros. Nem jornalista sabia. Aquilo ali realmente é para poder emprestar dinheiro, garantir o que você tem no banco. Se você tem até R$ 60 mil, garante.

Não é dinheiro público...
Mas claro que não é. O dinheiro é particular. É uma empresa sem fins lucrativos.

E com o Henrique Meirelles, o senhor tem falado muito?
Nem conheço. Não sei quem é. Olha, capricha, bota uma foto minha bem bonita no jornal.

Entrevista completa na Folha.com



E agora um bônus para os nerds...



Um Jedi pra "escrotizar" o universo!

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