Correio da Finlândia vai abrir cartas e enviar cópias por e-mail



Objetivo é diminuir número de carteiros e reduzir emissões de CO2

O serviço inicialmente está sendo oferecido de forma voluntária, revelou o jornal inglês Telegraph.

Os voluntários irão receber um e-mail ou um SMS (mensagem de texto) assim que a carta for aberta, escaneada e enviada como uma imagem eletrônica para uma caixa postal digital segura, a que só o destinatário terá acesso.

O processo altamente automatizado de converter cartas em documentos eletrônicos será realizado de forma segura, e os funcionários serão obrigados a seguir uma política rigorosa de privacidade.

Segundo Tommi Tikka, diretor da Itella, empresa estatal encarregada pelos correios da Finlândia, "o serviço é totalmente diferente do e-mail; está mais para o banco pela internet”.

Mas a ideia já criou muita polêmica no país. Segundo os críticos, o que a Itella está fazendo é parecido com o que a KGB fazia no tempo da União Soviética: ler informações pessoais.

Tikka disse que o serviço obedece a leis que protegem a privacidade de uma carta, e que a Itella não vai guardar cópias da correspondência.

Até agora, 126 famílias e 20 empresas em Anttila, um povoado espalhado ao sul da cidade finlandesa de Porvoo, já se candidataram a participar da experiência, que começa na próxima terça-feira (12) e deve durar até o final do ano.

Os finlandeses que gostam do cheiro e do toque de uma carta não precisam se desesperar: assim que a correspondência for escaneada será devolvida ao envelope e entregue do modo tradicional.

Mas o carteiro só irá entregar as cartas duas vezes por semana na casa dos voluntários. As entregas em caixas postais de lojas locais serão feitas apenas três vezes por semana.

A Finlândia está entre os dez países mais conectados do mundo. No ano passado o país aprovou uma lei que considera o acesso à internet através de uma conexão de banda larga de pelo menos 1 megabit por segundo um direito fundamental de todo o cidadão.

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